Análise tática Atlético-PR de Renato

Texto de Eduardo Cecconi do blog Tabuleiro do GE.com




Por quase um ano Renato Gaúcho sistematizou o Grêmio seguindo os preceitos do 4-4-2 com meio-campo em losango. E sempre reivindicou a contratação de jogadores experientes, por ele considerados ‘cascudos’ – desta forma indicou e participou ativamente das contratações de Gabriel, Rodolfo, Gilberto Silva e Carlos Alberto, além de ter recuperado no próprio elenco Fábio Rochemback e Douglas. E no Atlético-PR seus conceitos sobre futebol se mantêm.
O Atlético-PR distribui-se com losango no meio-campo desde a chegada de Renato Gaúcho. A descrição tática, entretanto, varia conforme os conceitos aplicados por quem analisa. Vejo em Madson um segundo atacante que recua centralizado sem a bola, configurando o 4-4-2; outros, entretanto, acreditam que ele é um meia que avança do centro para a esquerda, no 4-5-1. Diferenças de critérios, apenas, que não atrapalham a percepção do todo.
Neste 4-4-2 losango, Renato Gaúcho também aposta nos ‘cascudos’. Recuperou da reserva Kleberson – já tem um gol e uma assistência desde então – Cléber Santana e Mádson, além de abrir espaço na ponta-de-lança para Paulo Baier e Marcinho. Segundo o treinador, estes jogadores mais experientes conseguem adaptar-se melhor aos momentos de crise, sabendo como manter fidelidade ao planejamento tático e à precisão técnica mesmo sob pressão.
No losango do Furacão, Deivid ocupa o primeiro vértice, protegendo a linha defensiva e cobrindo os laterais. Na esquerda, Paulinho avança com o apoio de Kleber, repetindo-se o mesmo com a dupla Edilson e Cléber Santana na direita. Marcinho, contra o Botafogo, reproduziu o papel de ponta-de-lança cumprido na estreia de Renato por Paulo Baier, aproximando-se do lado onde a jogada se desenvolve para a formação dos triângulos em curto espaço, organizando a equipe e avançando para a conclusão.
Na frente, Morro Garcia é o centroavante de referência, guardando posicionamento avançado entre os zagueiros. Mádson encarrega-se da movimentação, variando o lado conforme o adversário – já o vi aberto pela direita contra o Avaí, mas frente ao Botafogo ele forçou as jogadas pela esquerda. Sem a bola, reúne-se ao ponta-de-lança para auxiliar no combate central à frente do tripé de volantes.
Segundo tempo de partida contra Botafogo. Esquema alterou para o 4-3-2-1.








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