Torcida cala Ronaldinho e Olímpico não deu samba


Ficou clara e evidente a vontade de Ronaldinho em calar o Estádio Olímpico Monumental. No momento dos hinos, primeiro do Brasil, a torcida não cantou e ficou vaiando Ronaldo, incrível este que não sabia para onde olhar e perturbado não conseguiu ficar parado. Durante o hino gaúcho, ele - Ronaldo - deve ter relembrado de suas origens, a torcida cantou o hino e demonstrou orgulho de ser gaúcho.

Ronaldinho do primeiro tempo demonstrou todo seu futebol  de primeira classe com dribles, passes e destoando a marcação. Segundo tempo o Flamengo entrou de salto alto e o Grêmio arrasador. Gilberto Silva incansável na marcação sobre o 10 carioca. Falando em 10, Douglas ofuscou Ronaldo, foi maestro da virada e demonstrou um futebol digno de camisa 10.

Torcida o chamou de: Pilantra, mercenário, o considerou carioca e vaiou constantemente a cada toque na bola. Olímpico terminou em festa tricolor, o samba ou funck carioca não emplacou.

Vitória para ficar na memória dos torcedores foi como um “tapa de luva de pelica” demonstrando todo seu rancor por Ronaldinho.

Um ídolo não se faz só de dinheiro.

Mauro Cesar Pereira 

Sobre a declaração do Ronaldinho ao fim do jogo de que ''em comparação à torcida do Flamengo, isso não é barulho''... Mauro Cesar Pereira, no Bate-Bola, da ESPN, disse:

''O que comprova que o que a torcida do Grêmio fez com o Ronaldinho mexeu com ele, foi à declaração dele no fim do jogo. Mas eu pergunto: Que barulho que faz a torcida do Flamengo? Nunca lota o estádio... Contra o Atlético-GO, que era pra assumir a liderança, tinha 7 mil torcedores no Engenhão. O Ronaldinho quis mascarar algo que tava claro que mexeu com ele''

Luiz Zini Pires

Você pode esquecer o primeiro tempo do jogo que o Olímpico, aos 57 anos de vida, ouviu a maior vaia da sua história. Gritos que Porto Alegre jamais ouviu, vaias que Ronaldinho carregará pelo resto da sua vida como um peso de toneladas. Vaias pesam 100 vezes mais que um 4 a 2.

A derrota não é nada. O que fica no ouvido para sempre é o grito da torcida, um grito que não saiu da boca, brotou na alma. Ronaldinho sentiu. Todo o humano com sangue quente sentiria. Até um vampiro de Bram Stoker se tocaria.

Nando Gross

''Faltou classe pro Ronaldinho. Falou como se fosse criado no Flamengo, mas não... Chegou ONTEM lá. Ele foi criado aqui, no Grêmio''

David Coimbra

“Um jogo além das estâncias normais do futebol, não só dentro do campo. Com ingredientes únicos e espetaculares. Fora do campo à vaia foi algo nunca visto antes, uma manifestação da torcida por quem está defendendo um sentimento nobre, um sentimento que esta além do sentimento financeiro e isto estava presente.”

“Uma tarde de primavera que vingou 10 anos de inverno.”

Paulo Sant’Ana

“À tarde dos quatro ‘v’. Vitória, virada, vaia e vingança.”

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