Análise tática Cruzeiro x Inter, fora da zona


Jogo importante para ambos os times. Cruzeiro precisando da vitoria para sair da zona. Inter ainda sonhando com vaga para Libertadores, porém a vitoria era imprescindível. A arena do jacaré era um caldeirão, 15 mil pessoas lotaram e incentivavam o time.

Cruzeiro de Vagner Mancini armado no 4-3-1-2. Linha defensiva com laterais apoiadores e com passagens à frente. Tripé de volantes no meio, Leandro Guerreiro na esquerda, Fabricio no primeiro vértice e Marquinhos Parana na direita, três jogadores polivalentes que podem fazer tanto primeira função do meio ou segunda. Roger foi o meia de criação e por ele passavam todas jogadas da equipe. Dupla de ataque com Wellington Paulista e Farias.

Dorival teve de reinventar o Inter no seu mesmo 4-2-3-1. Primeira linha com Fabrício no lugar de Kléber. Dois volantes alinhados, Elton no lugar de Guiñazu. Três homens no meio e por opção Tinga foi titular no lugar de Andrezinho, intuito era de dar maior consistência na marcação. Impossível repor e perda por Leandro “Gol” Damião, Gilberto bem que tentou, deu o seu máximo, mas compará-lo com Damião é impossível.


Jogo pegado e com primeiros momentos de times se estudando. Inter procurando manter a bola no chão e Cruzeiro na ligação direta. Estas opções de passe podem se explicar pela marcação dos times. Inter marcou o Cruzeiro, anularam Roger, laterais marcados pelos wingers e deixou os três volantes criarem. Cruzeiro tentou jogar, e deixou o Inter jogar.

Cruzeiro se aprumou na partida quando Roger voltava para armar e Wellington Paulista saia da marcação e caia pela direita. Em certos momentos o Cruzeiro parecia um 4-3-2-1, pois Wellington Paulista e Roger abriam nos flancos. Vitor e Diego Renan apoiavam simultaneamente, Vitor era mais solicitado e de maior qualidade.

Inter sem bola e quando atacado defendia com wingers pegando laterais adversários e Tinga como o “motorzinho” voltando para marcar. Bolatti e Elton variavam marcação em Elton. Com bola o Inter tinha o lado direto mais forte, Nei e D’Alessandro eram mais incisivos. Oscar dependia do apoio de Fabricio e isto pouco aconteceu. Tinga era um falso-9 que se aproximava de Gilberto. D’Alessandro e Oscar eram wingers de pés invertidos, D’Ale na direita e Oscar na esquerda para infiltrar e chutar.

Gol do Cruzeiro saiu dos pés de Wellington Paulista, jogador mais objetivo e de maior preocupação para o Inter. Na esquerda contra Nei e Bolivar, Wellington conseguiu cruzar e encontrar a cabeça de Farias, 1x0 Cruzeiro.

Segundo Tempo

Sem muito tempo para conversa. Elton foi expulso aos sete minutos. Tudo mudou, Inter precisando vencer e ainda com um a menos em campo. Esquema muda para o 4-2-2-2 com Tinga de volante ao lado de Bolatti.

Cruzeiro não conseguiu transformar vantagem numérica em chances de gols. Sofreu pressão do Inter e por pouco não levou o empate.

Substituições se deram aos 18 minutos. Por parte do Inter, saiu Bolatti e entrou Andrezinho, esquema se mantém com Andrezinho de segundo volante ao lado de Tinga. No Cruzeiro saiu Leandro Guerreiro extenuado e entrou Sandro Manoel, este passou a ser o primeiro volante, Fabrício jogou na esquerda e Marquinhos Paraná na direita.


Com substituições o Inter sempre buscou o gol. Andrezinho sempre caiu pela esquerda junto com D’Alessandro. Cruzeiro com Sandro Manoel em campo reforçou a marcação para garantir o resultado, o 1x0 estava de bom tamanho.

Tudo ou nada aos 26 minutos. Por parte do Inter saiu D’Alessandro e Gilberto, entraram João Paulo e Zé Roberto, esquema se manteve. Vagner Mancini assumiu que o 1x0 estava de bom tamanho, saiu Farias e Roger, entraram Ortigoza e Nado, no ataque tudo igual, agora apostando na velocidade, porém esquema mudou para o 3-5-2 com Naldo de libero e três volantes no meio (Marquinhos Parana na primeira função, Sandro Manoel na direita e Fabrício na esquerda).


Com mudanças o jogo ficou morno, Cruzeiro se defendeu e Inter tentou atacar. Vitoria para tirar pressão e depender só do próprio Cruzeiro para se livrar do Z-4. Inter abandona as fichas, terá de vencer 4 partidas de 4.

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