Análise tática Inter x Fluminense, Abelão apronta


Partida disputada entre Internacional e Fluminense. Além de ser um clássico do futebol brasileiro foi um jogo de 6 pontos, pois se o Inter vencesse entraria no G-5, porém se confirmou a vitoria do Flu que voltou a brigar pelo titulo.

Antes ídolos, hoje carrascos do Inter. Sóbis, Edinho e Abel Braga aprontaram no Beira Rio. Sóbis marcou, Edinho anulou e Abel armou um time para vencer. Torcida criou clima agradável para os cariocas que não perdoaram, Sóbis não comemorou seu gol, mostrou respeito a camisa e torcida colorada com seu gesto.

Fluminense jogou no  4-4-2 brasileiro (4-2-2-2), com linha defensiva, Valencia (esq) e Edinho (dir), Deco e Marquinho na armação, Sobis e R.Moura. Houve diferentes Fluminense’s nesta partida, o Flu do 0x0, 0x1, 1x1 e 1x2:

0x0: Fluminense jogando com linhas adiantadas e trocando passes com naturalidade. Rafael Sóbis jogando como um ponta pela direita.

0x1: Com vitória aparentemente garantida o Time de Abel recuou e tão cedo achou que tinha a vitoria como certa. As linhas recuaram, os contra-ataques deixaram de existir e em poucos minutos o empate aconteceu.

1x1: Com o susto de levar o empate, muitos acharam que o Inter iria para dentro dos cariocas. Inacreditável o Flu voltou a jogar com superioridade e tocando bola no campo do Inter. O segundo gol era questão de tempo. Linhas adiantadas, Deco como criador do time e dois laterais apoiando.

1x2: O crime aconteceu. Novamente Deco, um passe milimétrico para Rafael Sóbis calar o Beira Rio. O fluminense aprendeu com o seu primeiro gol sofrido e não se abateu ou quis garantir resultado. Seguiu tocando passes no campo do Inter e levando perigo nos contra-ataques.

Inter de Dorival jogando no mesmo 4-2-3-1. Linha defensiva, dois volantes, três meias ofensivos que teriam como obrigação entrar na área e um só atacante.

Na teoria o esquema seria perfeito. Laterais que chegam à linha de fundo, meias que infiltram e entram na área, centro avante com múltiplas opções de jogadas. Todos marcando e com reposição no seu campo ou se preferir marcação alta, importunando saída de bola adversária. Na pratica não é bem assim que funciona, se estes meias não entraram na área a maquina para de funcionar e tudo vai por água abaixo.

 
Inter com seu lado esquerdo mais forte que chegou a empurrar tanto o Flu para trás que Rafael Sobis mais joga como meia-extremo do que como segundo atacante. Imposição.

Não chegou a ser marcação individual. Mas é quase isso. Sempre que pode, Valencia persegue D'Alessandro no centro da intermediária. Está quase marcação individual rendeu frutos, pois D’Alessandro esteve em tarde apagada e se o gringo não joga bem o time colorado afunda.

Inter se articula pela linha de três meias e pela esquerda com Kleber. Número de passes: D'Ale 17, Kleber 16, Oscar 13, Andrezinho 12.

Já o Fluminense não se articula. Quem mais toca na bola são os volantes Valencia (17 passes) e Edinho (15). Por isso a posse é de 43%.

Desabastecidos, os meias mal tocam na bola. Marquinho deu UM passe em meia-hora; Deco, só sete. Mas no contra-ataque está Inter 0-1 Flu.

Um exemplo da tentativa de empatar do Inter era que: D'Alessandro tinha a bola na entrada da área. Dentro dela, Damião, Oscar e Andrezinho. Volantes e laterais subindo para o rebote. Problema é que se o gol não acontecer, um contra-ataque pode complicar tudo e parece que assim foi.

Segundo tempo

Fluminense marca jogando. Ao invés de recuar e esperar o Inter posiciona-se no campo de ataque, onde troca passes e roda a bola. E Deco é o responsável por esta posse de bola no campo do Inter. Ele é o único jogador de meio ou ataque em campo sem NENHUM passe errado.

Posse de bola já é superior para o Flu. Saiu de 60% para o Inter e agora é de 52% para o time de Abel Braga, que ''marca" trocando passes. Foi assim que os cariocas conseguiram uma bela vitoria, se impondo no Beira Rio e sem medo de atacar. Deco foi fundamental para este jogo, no primeiro tempo para assegurar a vitoria e no segundo para garanti-la.

 
No Fluminense saíram: Deco e Marquinho para entrada de Araujo e Diguinho. Esquema mudou do 4-2-2-2 para 4-3-2-1 apostando na velocidade de Rafael Sóbis e Araujo. Araujo foi um winger pela esquerda que fechava o meio e Sóbis winger na direita, que assim como Araujo também fechava o meio.

No Inter saíram: D’Alesandro, Guiñazu e Andrezinho para entrada de Zé Roberto, Tinga e Ilsinho. Esquema passou do 4-2-3-1 para o 4-1-3-2. Bolatti na primeira função do meio, Tinga ao centro, Ilsinho na direita e Oscar na esquerda. Zé Roberto foi atacante ao lado de Leandro Damião, perambulou pelos lado campo.

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