Luxemburgo utiliza hibrido 4-4-2 losango e 4-3-3

Hoje se viu um novo Grêmio em campo, talvez o tricolor que Caio Junior tanto pregasse. Vanderlei pôs em pratica o que o futebol mundial entende como melhor esquema, 4-3-3 com triangulo de sabe alta no meio, dois pontas e um centroavante de área. Além deste novo esquema, o treinador utilizou do antigo 4-4-2 losango em momentos para equilibrar o time defensivamente.

Flagrante tático. 4-3-3 com meio campo e ataque bem definidos.

Filosoficamente o time respeitou as nuances deste esquema. Jogando pelos flancos com laterais fazendo dobradinha com os pontas, aproximação dos homens de meio e infiltração na área. Tudo muito bonito, mas faltou vontade ao time. Extrema posse de bola, porém faltava criação.

No 4-3-3 o time se alinhava da seguinte maneira: linha de quatro defensores – Gilberto Silva e Werley na zaga, Gabriel e Pará nas laterais; tripé de volantes – Fernando na primeira função, Souza e Marco Antônio mais a frente, alinhados; dois pontas - Bertoglio, ora como ponta, ora como meia-atacante do losango e Kléber inicialmente na direita, mas variava muito com Bertoglio; Marcelo Moreno homem da referencia.

Com posse de bola o 4-3-3 se configurava, sem a mesma o losango era utilizado. Deve-se ressaltar que na transição ataque-defesa o esquema permanecia no 4-3-3 com atacantes cercando saída de bola. Em posicionamento defensivo efeito, o losango era visto. Este posicionamento defensivo era com linhas recuadas, sete jogadores efetivamente defendendo e tridente ofensivo pronto para o contra-ataque.

Flagrante tático. Grêmio no 4-4-2 losango. Desta vez, Kleber compareceu como ponta-de-lança do losango.

Ofensivamente o Grêmio saía do losango e partia para o 4-3-3. Bertoglio caía em um dos flancos e Kleber no outro. Ambos os pontas com movimentação, Kléber jogando de costas e fazendo pivô, Bertoglio partindo para cima da marcação. Pontas estes que trocavam de lado, sempre enveredando para o centro e abrindo corredor para o lateral. Quando o lateral não encontrava espaço, infiltrava ou ficava mais recuado. Cruzamentos sempre encontravam de dois a quatro companheiros na área – Moreno,pontas e por vezes M.Antônio.

Meio de campo avançava, mas não trazia consigo a linha de defesa. O espaço entre volante – Fernando – e zagueiros foi um complicador. Meio de campo avançava para servir como opção de passe e pegar rebote ofensivo, dentre os três, apenas Marco Antônio entrava na grande área. 


Pará, destro jogando na esquerda, era previsível em suas jogadas, ele sempre tinha de girar o corpo para cruzar, com isto, pouco se viu cruzamentos pela esquerda. Gabriel, como de praxe, prefere abola curta e pelo chão. Cruzamentos partiam dos pontas ou "volantes".

Marcação variou entre zona meia-pressão na transição defensiva com linhas adiantadas e zona meia-pressão em posicionamento defensivo efetivo.

Flagrante tático. 4-3-3 com jogadores de ataque dificultando saída de bola.

Luxemburgo antes do jogo explicou como o esquema funcionaria.

- Armação será entre Souza e Marco Antônio. Bertoglio como um meia-atacante chegando à frente para finalizar. Atacantes precisam voltar para compactação.

Pode ser o inicio de uma nova era, mudança de paradigmas do futebol brasileiro, ou, apenas um teste de Luxemburgo. É esperar para ver.

OBS: Segundo tempo foi totalmente atípico. River com um jogador a menos, extremamente cansado, abdicando de atacar e Grêmio acabou dominando a partida. Resultado de 3x1 merecido.

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