Corinthians, como manda o gabarito


Vaaaaaaaaaaaaaaai Corinthians!
Finalmente a nação rubro negra pode gritar a pleno pulmões: "estamos na final". O time do parque São Jorge quebrou o tabu e agora tem reais chances de ser campão. O adversário é incerto, o titulo ainda mais, mas como parar o bando de loucos? Argentina ou Chile, aí vamos "nós", contra tudo e contra todos.

Tite acomodou as melancias na carroça, escolheu os melhores e formou um time competitivo. O treinador lida com seus jogadores na palma da mão, pois consegue mudar a proposta de jogo sem trocar de jogadores. Tite propôs uma ideia, os jogadores a comparam e o resultado é este: Campeão brasileiro de 2011 e finalista da Libertadores 2012.
Sem grandes estrelas, o gaucho conseguiu montar um time sem vaidades e, priorizando o conjunto.

Os destaques da partida. O comandante Tite. Leandro passa nada Castán e o bravio Paulinho o homem de duas áreas.

O 4-2-3-1 se mantém como esquema inicial, mas possui uma variação que, leva o time a outros ares. O esquema citado é o 4-4-2 em duas linhas, mais britânico impossível, pois a equipe assumiu suas características de jogar compacto, usar os flancos, retenção de bola, pivô e saída em velocidade pelos flancos. O 4-4-2 em duas linhas tomava forma quando a equipe estava sem bola pelo simples recuo dos wingers alinhando aos volantes e Danilo avançando e se tornando “atacante” ao lado de Alex. Não bastasse isto, Tite fez com que seus jogadores se doassem ao máximo, ou seja, quebrou paradigmas ao usar dois atacantes como wingers recompondo meio campo, redundância, e atribuíram funções defensivas a TODOS seus jogadores, sem exceção.
Alem destes benefícios citados, as duas linhas fornecem subsidio para pressão sobre o adversário. Pois, os “atacantes” Danilo e Alex adiantam-se e dosam a pressão sobre o adversário, geralmente sobre a dupla de zagueiros, assim os força a “quebrar” a bola ou desarme no campo ofensivo. Detalhe: Pressão esta constante no segundo tempo.

Flagrante tático. Corinthians postado defensivamente no 4-4-2 britânico. 

Inicialmente o Corinthians foi a campo para se defender e especular contra-ataques. Tite acuou seu time, mas de maneira organizada e com poderosos contra-ataques. É bem verdade que faltou Emerson na ponta esquerda, pois William perdeu chances que não são admissíveis desperdiçar em uma semifinal.
Se o lado esquerdo era todo ataque, o outro flanco era o contrario. Jorge Henrique recuava tanto que “empurrava” Alessandro para o centro da área, assim o Corinthians fazia uma dupla de laterais, para que? Simples. Neymar. O Corinthians basculava para marcar a joia rara santista. No setor esquerdo encontravam-se: Jorge Henrique recuando pelo flanco; Alessandro ora no lado, ora por dentro; Paulinho pelo centro, mas com os dois olhos na marcação e Chicão na cobertura.

Flagrante tático. Corinthians defendendo no 4-4-2 em duas linhas. Detalhe em Jorge Henrique que não joga alinhado aos volantes, o baixinho é quase um segundo lateral ao lado de Alessandro.

Ressalva aos perfeitos Leandro Castan, Ralf e Paulinho. Que trinca. Castan não deixou nada passar, seja por cima ou por baixo, obteve vitoria pessoal nos embates contra Neymar. Ralf anulou por completo Ganso, o camisa 10 precisava recuar para não ter a sobra Ralf no seu calcanhar. Paulinho foi um legitimo Box-to-box, apareceu à frente e fechou o “canto” de Neymar.
Neymar e Ganso por vezes disputaram o mesmo território, congestionou e a marcação facilitou, em lance raro. Resultado? Gol do Santos.

No primeiro tempo o Corinthians ofereceu posse de bola ao Santos. O time do parque São Jorge compactava as linhas, aproximava-as da meta de Cassio e não deixava o Santos evoluir com passes a frente.
Os jogadores de “ataque” – Danilo e Alex – deixavam propositalmente o zagueiro sair jogando, assim não havia saída de bola qualificada, era bico pra frente.
A marcação era diferenciada quando o Santos adentrava o campo Corinthiano. A blitz era constante sobre o adversário, a meta era recuperar a posse de bola, lança-la a Alex ou Danilo, estes prendem fazendo “parede”, esperam a passagem de William ou Jorge Henrique para armar o contra-ataque.

Faltou alguém para reter a bola e dar maior trabalho à defesa alvinegra praiana. Danilo e Alex bem tentaram, mas não possuem imposição física para atordoar o adversário. Além da falta de alguém na referencia o time ficou carente de alguém pela direita, pois Jorge Henrique atuou como ala e não winger. William naufragou em suas tentativas, disperso, aparentemente, sentiu o clima.

Para o segundo tempo era preciso mudar. Tite Tirou o sonolento William e pôs Liédson. Agora sim um centroavante de referencia, porém, debilitado fisicamente e pouco acrescentou, mais jogou pelo nome e chamando a marcação pela alcunha de goleador.
Com esta mudança o time adotou de vez o 4-2-3-1 e menos o 4-4-2 em duas linhas. Com Liédson na referencia, Danilo passou a jogar na esquerda e Alex no centro.

Flagrante tático. A mudança. Corinthians agora de vez no 4-2-3-1 e com Liédson na referencia.

Metamorfo este Corinthians. No primeiro tempo o time se comportou de maneira traiçoeira e defensiva. Para segunda etapa Tite lançou a equipe à frente, equilibrou o jogo, obteve as melhores chances e controlou o seu adversário.

Linhas adiantadas, 4-4-2 voltando para pressionar a saída de bola adversária, jogadores fechando opções de passe e retomando bola no campo do adversário. Era um outro Corinthians em campo.
No primeiro tempo o coringão optou por recuar e agrupar jogadores no seu campo esperando pelo adversário. No segundo a equipe não esperou e foi para dentro do Santos. Não deu outro, empate e classificação corinthiana.

A marcação pressão não foi constante. Novamente quem “indicava” este tipo de marcação eram Alex e Danilo, a dupla regia os avanços e chamava os demais.
Por ter um time compacto o desgaste físico era menor, pois as distancias percorridas são menores, o campo de ação diminui.

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