Sonho colorado se concretizando com Forlán e, possivelmente Nilmar


Neste segundo semestre o Inter pode/esta montando um verdadeiro esquadrão ofensivo. Diego Forlán já foi anunciado como novo reforço, deve ser apresentado no sábado.
Caso o colorado confirme Nilmar como seu novo reforço, Leandro Damião deve ser vendido, mas, mesmo assim, o Inter forma uma das melhores, se não a melhor dupla de ataque do campeonato brasileiro. De tantas opções fica difícil, ou fácil, montar o time colorado. O certo é adequar algum esquema aos jogadores e não ao contrario.

Confesso que não esperava por Forlán no Inter. Acreditava que Nilmar seria a grande aposta da direção, agora, Forlán? Foi surpreendente.
Muitos, corneteiros e ciumentos, dizem que o bom momento de Forlán ja passou. Mas uma revelação de Dunga me levou a crer que o craque uruguaio ainda tem muita lenha para queimar. 

Forlán já com camisa do Inter.

Dunga em entrevista ao Globo Esporte:

"
Falei o que a gente conhece do Inter. Independentemente do clube que o contratar, será uma baita contratação. Ele está bem fisicamente - contou Dunga. - Os caras (do Inter de Milão) o colocaram na posição que não era a dele. Ele quer jogar e estar na Copa."

"
O cara é muito bom, é um líder nato, tem boa conduta. Os uruguaios são profissionais incríveis. É um atacante moderno, que se movimenta bem, sabe armar" - elogiou.

Uma das grandes preocupações, não somente do futuro, mas de hoje é a defesa colorada. De nada adianta contratar um grande atacante se a defesa continua desamparada e o calcanhar de Aquiles colorado. Caso Nilmar desembarque no Salgado Filho o esquema proposto pode ser ofensivo por demais, não que seja ruim, mas a marcação precisa mudar. Hoje a marcação não vem do ataque, salvo raras exceções.

Em todos diagramas, escalei Ygor como primeiro volante. Sua movimentação deve ser de recuar a fornecer subsidio para seu companheiros avançarem sem preocupação. 
Guiñazu teria maior liberdade, mas não deve chegar a frente, pois não é de sua característica finalizar ou "pifar" o companheiros.

Obs: - Já coloquei Ygor como titular por esperar que seja contratado para tal.
- O problema com estrangeiros não seria um problema. Datolo esta lesionado e só volta em Setembro e Bolatti deve ser negociado.

Diagramas táticos de @arthurbarcelos_ do site a-prancheta.com

4-2-3-1 com Forlán e Nilmar

Diagrama tático. 4-2-3-1 com Nilmar como winger pela esquerda e Forlán como 9. 

Atual base do time colorado seria mantida, apenas duas “pequenas” mudanças, sai Dagoberto e entra Nilmar na ponta esquerda e, na referencia sai Leandro Damião para ingresso de Forlán. O estilo da equipe seguiria o mesmo, a forte rotação no meio campo é um dos pontos fortes da equipe e deve continuar. Nilmar deveria atuar em velocidade e fazendo diagonais. Diego Forlán o homem finalizador da equipe, mas precisa se movimentar, ate por ser de sua característica sair da área e abrir espaços.

Provavelmente o Inter seguiria o mesmo até na recomposição. Nilmar atuando menos defensivamente e Oscar compensando e se doando mais ao setor defensivo. O tripé ofensivo, D’Alessandro, Nilmar e Forlán estariam postados à frente para o contra-ataque fulminante.

Não se compara individualidades. Dagoberto não se habituou a jogar como winger na esquerda, rendeu melhor pelo centro. O mesmo pode acontecer com Nilmar, porém, o atacante formado pelo Inter é mais incisivo e objetivo, envereda para o centro com maior facilidade. Acredito em Nilmar nesta posição ate por jogar com pé trocado – destro na direita – e por ter vitoria pessoal, jogaria mais perto da área e consequentemente próximo a Forlán.

O uruguaio por sua vez é completamente diferente de Leandro Damião. Forlán é ambidestro, sendo assim, não existe perna ruim. Se a bola não vai a seu encontro, ele vai de encontro à bola, Forlán não é de ficar centralizado como um poste, prefere rodar pelo campo, posicionado no ataque, pode rondar por entre os zagueiros e laterais.

4-2-3-1 com Forlán de enganche e Nilmar como 9

Diagrama tático. 4-2-3-1 com Forlán de enganche e Nilmar centroavante.

Acredito que esta seria a melhor maneira de escalar o Inter, pois Forlán estaria na sua como enganche e Nilmar como centroavante de velocidade.

Linha de defesa e meio campo seguiriam intactas. A grande mudança esta no ataque. A forma com que o Inter ataca tomaria outros rumos. Nilmar não é atacante de bola aérea, mas sim velocista, oportunista e precisa de lançamentos para ganhar do zagueiro na velocidade.
Forlán ocuparia hoje o espaço de D’Alessandro, mas desempenharia semelhante função, porém, mais a frente. O uruguaio serviria a Nilmar e apareceria à frente para não deixar o velocista “solito”. Dividiria a organização com D’Alessandro. Quando Forlán fosse a frente, D’Alessandro poderia ingressar pelo centro, até por isto o posicionamento de pé trocado – esquerdo na direita.

Oscar, Forlán e D’Alessandro seriam os garçons de Nilmar, pois é característica de Nilmar atuar no limite entre posição normal x impedimento, é mestre em se posicionar assim e explora-lo é obrigação. O contra-ataque, com este esquema, deve ser mais utilizado. A movimentação entre meio e ataque ganharia com Nilmar, pois o atacante sai da área e busca o jogo, tem vitoria pessoal e abre espaços para quem vem de trás.

Seria outro Inter com duas trocas, mas com características completamente diferentes. Damião é jogada de pivô, bola aérea e trombando com zagueiros; Nilmar é velocista, driblador  e mesmo na referencia com intensa movimentação. Dagoberto não se adequou como winger pela esquerda ou direita, Forlán ingressaria na vaga de Dagoberto, mas deslocaria D’Ale para esta função.

Acredito que D’Alessandro pode desempenhar esta função, pois já atuou assim na Europa e com Falcão. Isto ate propiciaria a recomposição, com D’Alessandro e Oscar recuando e alinhando-se aos volantes. Forlán ficaria mais a frente pronto para armar o contra-ataque.

O desenho segue o mesmo de hoje, mas o estilo proposto à estratégia de jogo deve mudar.
  
4-2-3-1 com Forlán e, provavelmente sem Damião

Diagrama tático. 4-2-3-1 com Forlán de centroavante.

A base do esquema proposto acima seria mantida. Novamente uma “pequena” troca. Sai o centroavante Leandro Damião e ingressa o recém-contratado Forlán. Acredito que, neste esquema 4-2-3-1 com “apenas” uma troca à frente, o Inter ficaria capenga, como é hoje. Pois perderia em presença ofensiva sem Leandro Damião e, com Forlán, não exploraria uma das melhores características do enganche que é recuar para armar, vir de trás e atuar mais solto.

A exemplo de hoje, Dagoberto não se adequou a jogar como winger, não vejo o vejo evoluir com ingresso de Forlán. Talvez o uruguaio faça seus companheiros jogarem, pois é de sua característica ditar o ritmo do jogo. 

A recomposição defensiva, provavelmente, seria semelhante à proposta acima, pois Oscar recompõe de maneira mais objetiva e com melhores resultados que Dagoberto. Porém o trio que ficaria mais a frente seria formado pela trinca Dagoberto-D’Alessandro-Forlán, trio de qualidade e velocidade com Dagoberto.

4-4-2 losango

Diagrama tático. 4-4-2 losango com recém-contratados formando dupla de ataque.

Oscar seria um meia central, saindo para o jogo e voltando para recompor o meio campo. Guiñazu atuaria pela esquerda, não com a mesma desenvoltura que Oscar, mas liberando Kléber/Fabricio para o forte apoio na esquerda. Sandro Silva seria o primeiro volante, cabeça de área, marcando forte e dando qualidade a saída de bola.

D’Alessandro atuaria da mesma forma que hoje. Ao melhor estilo enganche, ligaria o meio campo ao ataque. Dos seus pés sairiam as principais jogadas de gol. Para este esquema não ficar sobrecarregado pelos flancos, sua movimentação é de suma importância.

Nilmar e Forlán formariam dupla de ataque. Nilmar o atacante de movimentação, cairia pelos lados do campo onde a jogada estaria sendo tramada. Forlán, diferente do esquema acima, teria um companheiro no ataque, isto já o auxilia, pois zagueiros teriam alguém mais com quem se preocupar. Não sei se Forlán seria capaz de fazer pivô, jogar de costas e bater de frente com zagueiros, mas sei que, finaliza como poucos, abre e ocupa espaços de maneira inteligente e serve seus companheiros.

Provavelmente o time ficaria pendendo para direita, pois nela se encontra Nei e Oscar. Para isto, Kléber teria maior liberdade de ir à frente e Nilmar auxiliaria este setor com maior afinco.

Para descrever Oscar, faço das palavras de André Rocha do blog Olho Tático as minhas:“Oscar pode ser adaptado como um autêntico meia central, marcando e jogando como Schweinsteiger, Xavi, Yaya Touré – sem comparações técnicas, obviamente. O jovem meio-campista já cumpriu função semelhante na seleção brasileira sub-20 no Mundial do ano passado. Guiñazu completaria o setor, mas não como um volante essencialmente marcador, saindo também para o apoio, revezando com Oscar. Assim como Nei e Kléber nas laterais.”.


4-2-2-2 padrão

Diagrama tático. 4-2-2-2 com Forlán e Nilmar no ataque.

Porque padrão? Este de fato é o esquema mais brasileiro já visto. Jogo articulado pelo centro, dependente dos meias, volantes trabalhando apenas defensivamente e dois atacantes a frente, um de movimentação outro na referencia.

Volantes Guiñazu e Sandro Silva dificilmente iriam à frente, pois os meias estariam na mesma faixa de campo. A dupla seria de suma importância para dar subsídio ofensivo aos meias e ao lateral apoiador.

D’Alessandro e Oscar atuando lado a lado, de pés trocados ou invertidos – destro na esquerda e canhoto na direita. Portanto, D’Alessandro jogaria pode dentro para armar e Oscar mais solto. A forma que iriam jogar é um enigma, poderia ser entre si ou tramando junto aos laterais. Recomposição defensiva ainda poderia ter um toque de Falcão, ou seja: Inter defendo em duas linhas de quatro, para isto, basta os meias abrirem pelos flancos e bloquear o apoio do lateral.

Outra característica deste esquema seria a possivel troca de funções entre Nilmar e Forlán. Inicialmente Nilmar seria o centroavante e Forlán o "segundo atacante". Mas, com o decorrer da partida, uma alteração poderia acontecer. Ora Forlán como 9, ora Nilmar saindo em velocidade para buscar o jogo.

Ataque seria igual ao proposto no 4-4-2 losango: Nilmar e Forlán formariam dupla de ataque. Nilmar o atacante de movimentação, cairia pelos lados do campo onde a jogada estaria sendo tramada. Forlán, diferente do esquema acima, teria um companheiro no ataque, isto já o auxilia, pois zagueiros teriam alguém mais com quem se preocupar. Não sei se Forlán seria capaz de fazer pivô, jogar de costas e bater de frente com zagueiros, mas sei que, finaliza como poucos, abre e ocupa espaços de maneira inteligente e serve seus companheiros.”.

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